
Sempre estas palavras de um lirismo português,
estes ritmos quase automáticos
de um sonho por cumprir.
que nem eu próprio sei.
Quando o tempo me dá sinais
desse mar que há-de ser
e o vento que me leva
à flor que há-de vir
quando meu sonho
for para sempre.
Há um tempo que apetece
e há-de ser,
na manhã que semeamos dentro de nós.
Não, não digas mais de mim, em singular
mas da corrente que funda nos aprofunda,
quando o mar não dói dentro da espera
do que teu signo me trouxer
e o tempo que moldámos nos disser:
que venham rios de bruma,
que o tempo todo nos traga as arribas do medo.
Olharemos de frente o sol do tempo.